terça-feira, 25 de agosto de 2009

De volta...


Depois de 7 dias de ausência retorno hoje de uma viagem que me trouxe além de muita diversão ao lado da Alice, reflexão.
Impressionante como só o MAR é capaz de nos revelar a nós mesmos.
Faço nesse momento, minhas, as palavras de Amyr Klink em “Mar sem fim”.

“Tanto mar, invés de nos separar, nos uniu. Em 141 dias de ausência, do início ao fim, o Paratii fez a sua volta e retornou a Jurumirim. A Terra é mesmo redonda. Ao longo do caminho, pensando bem, nem vento, nem ondas, nem gelo tão ruins, porque no fim, nada impediu meu veleiro de voltar inteiro à sua baía. E nada foi melhor do que voltar para descobrir, abraçando as três, que o mar da nossa casa não tem mesmo fim.

Pior do que passar frio, subindo e descendo ondas ao sul do oceano Índico, seria não ter chegado até aqui. Ou nunca ter deixado as águas quentes e confortáveis de de Parati. Mesmo que fosse apenas para descobrir o quanto elas eram quentes e confortáveis. Eu senti um estranho bem estar ao contornar gelos tão longe de casa.

Hoje entendo bem o meu pai. Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou tv. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é, que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”.

Hoje, portanto, retorna uma Lívia ainda mais certa daquilo que quer. Certa de que a vida é breve e que toda decisão que é tomada com o coração, com certeza, é a mais correta!

2 comentários:

  1. Menina...estou ensaiando há tempos para deixar um recado por aqui. Como boa arquiteta, meu tempo é algo não muito paupável, se é que me entende...para dar atenção às coisas urgentes do dia a dia (trabalho) acabo me complicando nas coisas mais simples, como escrever às amigas.
    Vejo que sua viagem foi muitooo!Fico feliz!
    O espírito nômade que todo ser tem em suas raízes mais profundas faz com que a sensação de prazer dos momentos vividos em uma aventura se perpetue por tempos, nos dando fôlego para mais um ano de batalhas e conquistas.
    Que bom que retornou com essa luz toda.
    Desfrute e comece a dedicar um tempinho planejando quando será a próxima.Beijo no coração...
    Fabiana

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  2. Amigaaa,
    que boa surpresa eu tive ao ver seu post aqui!
    Que carinho gostoso!
    Espero que a minha energia tenha contagiado você também!
    Saudade de você!
    Bjo grande,
    Lívia

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